4 de agosto de 2011

Primeiro amor



    Foi vasculhando as páginas do meu diário que te reencontrei talvez eu estivesse mesmo à procura de reviver aqueles antigos momentos, por isso que voltei ao lugar do nosso primeiro beijo e levei comigo um pouco de você, eternizado nessas folhas amareladas pelo tempo, aquela página ainda estava marcada, tão marcada como a suavidade dos teus lábios nos meus e hoje o que me entristece é saber que só posso te encontrar na escrita dessas encantadoras palavras que eu escrevia para descrever esse amor tão cheio de magia, um amor que não existe mais, que ficou na minha adolescência, meu primeiro amor, o amor que inspirou meus primeiros versos.
     Hoje eu vejo que aquela menina que escreveu tão suavemente esse diário, essa menina não existe mais, pois a vida a fez escrever outras páginas, não tão alegres como aquela do primeiro beijo, aquela que ainda encontra-se marcada, talvez como uma forma para que eu me encontre com aquela menina doce, que acredita tanto em amor, que a cada novo escrito chovia sentimentos, hoje eu me pergunto onde está aquela menina e aquele amor? Será que se perderam pelas páginas dessa vida errante, que não sabe onde nos levar?

  (Luzia Medeiros). 


       

Texto pra o projeto suas palavras
          16° edição imagem.

7 comentários:

  1. Esses dias atrás, eu me lembrei de meu primeiro amor, nossa menina, deu uma saudade... Eu tinha 13 anos de idade, era um amor proibido, porque eramos primos de primeiro grau, e as famílias interferiram, e acabamos nos separando, sem podermos nem se quer nos despedir, foi cada uma para um canto do país, e a guerra entra nossos pais duraram durante longo cinco anos por conta disso.
    Estou esperando por você, e se ainda não estiver me seguindo, siga pra concorrer aos livros dia 10... Hoje, postei coisa nova, uma insatisfação crescente tomando conta de tudo, olhos, mãos, pensamentos e de repente, não posso mais suportar em silêncio, preciso gritar...
    Um beijo querido, e nos ajude a divulgar o nosso trabalho, vem com a gente, beijos.
    Adriana

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  2. Belíssimo, Luzia.

    Parabéns! Achei tão sublime a forma como escreveu.

    Lembrei-me que Freud dizia que quando uma vila se torna uma cidade e um menino se torna um homem, a vila nunca deixa de existir dentro da cidade e nem o menino dentro do homem, apenas se transformam.

    Abraço!

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  3. Que lindo texto! Há alguns dias atras achei algo que escrevi também, bem antigo e é gostoso relembrar, mais ainda é sentir o novo que a vida nos traz a cada dia. Lindo blog! Beijos!

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  4. Tudo de bom para você também Luzia. Olha as desigualdades são extremas, quando olhamos cara a cara, o susto é grande! Penso que algum dia será diferente eu espero.
    Um abraço!

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  5. Bonito...e acho que é porque a vida vai mudando...e o melhor:nos moldando! bjs moça!

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  6. Ao mesmo tempo que é bom lembrar e reviver o que aconteceu nos amores passados, é triste. É triste pois percebemos que nada mais será como antes...

    Beijos

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  7. O tempo acaba por nos moldar, e nunca encontramos o que fomos ontem. Mudamos. Mas é bonito olhar para trás e vislumbrar o encanto que vivemos. A despeito de tristezas ou alegrias, notar apenas o fato das vivências enriquece o nosso coração. Não precisamos viver do ontem, mas o ontem é como um livro de cabeceira, serve para lermos de vez em quando, e aprendermos com o que passou, para que à frente possamos melhorar.

    Beijos!

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