Numa aldeia muito distante, morava uma família de índios tupi guarani, eles tinham uma menina muito formosa e esperta, chamada Tyne, ela tinha lindos olhos negros, que cintilava a noite sombria, lá pras bandas das matas verdes, cheias de mistério. Um dia logo ao despertar da manhã, a pequena Tyne saiu para passear, quando avistou ao longe , uma canoa, nas margens do rio, estava cheia de flores, de cores diversas, nesse instante a garota pensou que poderia ir até lá, como ela era bastante destemida e curiosa, seguiu em frente.
Ao chegar aos arredores do rio, molhou seus pequeninos pés na água fria e branda daquela imensidão triste. Era tudo muito estranho, a canoa estava totalmente preenchida com belas flores perfumadas, por um instante ela sentiu certo temor, e então pensou em entrar para ver mais de perto, mas como ela ainda era tão menininha, falou pra se mesma:
_Se não fosse tão difícil eu tentaria. Suas pernas eram tão pequenas isso dificultaria a sua entrada na canoa, mas como sempre ela venceu o medo conseguiu entrar, lá dentro não havia mais nada além das flores e de seu intenso aroma. De modo repentino, aquele barquinho florido começou a ser carregado pelas águas tranquilas do rio, e pouco à pouco ela ia se distanciando das margens, até que não seria mais possível ver a esperta e curiosa Tyne que se perdeu naquelas águas chorosas.
Passaram se muitos anos e nunca mais ninguém a viu, assim seu nome tornou-se uma tocante lenda que nunca mais ninguém esqueceu, e todas as manhãs, é possível escutar uma melodia triste vindo de longe trazida pelas águas, que guarda o mistério da menina curiosa.
(Luzia Medeiros).
Muito lindo o conto, bjim.
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